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Os probióticos são definidos como adjuntos dietéticos microbianos que contribuem para o equilíbrio microbiano intestinal, trazendo melhora na imunidade e potencializando a absorção de nutrientes, quando istrados em quantidades adequadas conferem benefícios à saúde do hospedeiro (Saad, 2006; Cook et al., 2012). A microencapsulação é uma tecnologia capaz de recobrir partículas ou pequenas gotas de material líquido ou gasoso, formando cápsulas em miniatura, as quais podem liberar seu conteúdo em taxas controladas e/ou sob condições específicas. Os propósitos gerais da microencapsulação consistem na possibilidade de fazer um líquido comportar-se como sólido, separar materiais reativos, reduzir a toxicidade do material ativo, controlar a liberação do material, reduzir volatilidade de líquidos e proteger contra a luz, água e calor (Anal & Singh, 2007). É um processo vantajoso, uma vez que armazena e protege os microrganismos em materiais encapsulantes, com capacidade de se manter firme e consistente em meios adversos, sendo liberado apenas pelo mecanismo adequado no sítio de ação adequado para desempenhar sua função esperada (Borgogna et al. 2010).
A técnica de microencapsulação de probióticos em polímeros biodegradáveis possui uma série de vantagens. Depois que o material estiver revestido pela matriz encapsulante, as células probióticas tor nam-se mais fáceis de manusear do que estando em suspensão ou emulsão. E o número de células nas micropartículas pode ser quantificado, permitindo que a dose possa ser devidamente controlada (Anal & Singh, 2007). A utilização desses processos é uma alternativa promissora para solucionar os problemas que esses microrganismos encontram no processamento de alimentos. Porém, existem diversos desafios para selecionar o processo de microencapsulação e os materiais encapsulantes mais adequados.
Probióticos microencapsulados na aquicultura
A adição de probióticos em dietas específicas para cada espécie, vem colhendo bons frutos na aquicultu ra. São observadas melhoras significativas nos índices zootécnicos e sanitários, dentre elas, diminuição na taxa de mortalidade, ganho de peso e maior resistên cia a fatores de estresse na criação de tilápia-do-nilo, características consideradas essenciais e muito procu radas na aquicultura industrial. Ao ofertar probióticos microencapsulados a base de leveduras (Saccharomyces cerevisiae) para larvas de 2) tilápia-do-nilo durante o processo de reversão sexual foi possível observar melhor desempenho no peso fi nal (16,6%) e na sobrevivência (15,1%), bem como maior resistência aos desafios térmicos (102,3%) e osmóticos (27,5%), em comparação aos peixes con trole (Faust et al., 2023). Comprovando que a Sac charomyces cerevisiae melhorou o desempenho de crescimento e a sobrevivência. Outro estudo demonstrou o uso de dois aditivos probióticos microencapsulados (SAC com Sac charomyces cerevisiae; e BACIL com Bacillus amy loliquefaciens) em dietas extrusadas para juvenis de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). Após 45 dias, os peixes foram desafiados contra o patógeno Aeromonas hydrophila onde foi verificada maior sobre vivência (90% SAC; 85% BACIL; contra 55% con trole), além de melhorias na conversão alimentar, bem como na taxa de crescimento específico nos peixes que receberam dietas contendo probióticos, demonstrando ação probiótica como imunomodulador (De Moraes et al., 2022).
Considerações finais
Para o mercado aquícola, a microencapsulação de probióticos representa grande avanço, uma vez que estes são incorporados junto ao premix, no pro cesso de fabricação de ração, tendo sua qualidade e viabilidade garantida no produto final. A utilização dos processos de microencapsulação de probióticos se mostra como uma alternativa promissora para solucionar as dificuldades encontradas por esses microrganismos durante o processo de fabricação das dietas. Porém, existem diversos de safios para selecionar o processo e materiais mais adequados à microencapsulação. Os resultados já existentes na literatura demons tram que a encapsulação de probióticos apresentam melhoras de índices hematológicos e otimização de indicadores zootécnicos relevantes para a aquicultura industrial.
Autores:
Gabriely de Paula Moura¹, Andressa Vieira Moraes², Gabriel A. F. Jesus³ e Adolfo Jatobá¹*
¹Programa de pós graduação em Produção e Sanidade Animal Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Araquari, SC [email protected]
²Veterinária Vitapro SA, Equador
³Sócio proprietário Biohall Itajaí, SC
Faça o e confira o texto completo com todas as ilustrações: https://encurtador.com.br/jBjcs
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